Holocoluna – 0023

  1. DEUS

Publicado em 14.10.06

A tecnologia moderna permite determinar a paternidade mediante comprovação de material genético idêntico entre o pai e o filho.

Certamente, se pudéssemos identificar partículas energéticas da “Força Criadora”, encontraríamos tais partículas em todas as criaturas.

Talvez por isso, Jesus tenha advertido: … “não existe nenhum Deus fora, Ele está dentro de cada um de vós”. E mais tarde conclamado: “Amai-vos uns aos outros”.

O poeta contempla a natureza e consegue vislumbrar a beleza, chamando de vossa alteza a mais modesta flor. A terra alimenta a todos; a mãe amamenta o filho. Tudo em nome do amor.

A disciplina na alternância das fases da lua, do dia e da noite, dos fluxos da maré, instiga os cientistas a buscarem explicações matemáticas.

Como vemos, a complexidade universal se constitui em fonte de inspiração, mas também de desafio à inteligência humana. De um lado a admiração e do outro a investigação.

Obviamente, o homem quando aqui chegou já encontrou tudo pronto, e esta construção não se fez sozinha, Embora haja especulação a respeito da evolução espontânea, a negação de um Criador parece inaceitável.

Portanto, seria mais sensato o homem também acompanhar a sua criação – a tecnologia –, tornando-se moderno.

O homem moderno é aquele que, mediante sintonia com a natureza, se manifesta inclinado a encontrar-se consigo mesmo, apesar da sua erudição, como fez Albert Einstein depois de tanto pesquisar. Ele reconheceu a grandeza e os segredos do Universo como algo sobre-humana, portanto uma obra divina.

O indivíduo que a si encontra depara-se com Deus, e nesse instante dá o grande salto. O salto quântico rumo à sua realização plena. Esta plenitude se traduz pelo sentimento incontido de compartilhar a vida com todas as criaturas, os animais, as plantas, a terra, os rios, o ar e o próprio semelhante.

Isto equivale dizer que é chegado o momento de o ser humano se deixar invadir pelos bons pensamentos e praticar boas ações, anunciando assim a presença de Deus no seu coração, independentemente do credo religioso que venha professar.

A despeito da presente abordagem, facilmente concluímos que Deus não se define apenas se vive.

Viver Deus é se relacionar sem mágoas, rancor, preconceitos ou fingimentos; também, ser altruísta e ter a mão estendida com um sorriso nos lábios, abraçar o amigo e perdoar o pretenso inimigo.

Vivemos Deus no sorriso de uma criança, nas pétalas de uma rosa, no canto de um pássaro, no som de uma cachoeira, no cheiro da terra molhada pela recente chuva, na cor avermelhada do sol poente, no brilho da lua cheia; também nos movimentos suaves do peixe no aquário, na acolhedora sombra da frondosa árvore, no saciar a sede e no matar a fome, no elogiar o colega, no acariciar o vovô, no beijar a mamãe e no orgasmo com a pessoa amada.

Falar de Deus e vive-Lo é, antes de tudo, uma prova inequívoca de sanidade.