HOLOCOLUNA – 0021

21 – ALTRUÍSMO É SAÚDE

Publicado em 23.09.06

Saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é, além da ausência de doença, a sensação de bem-estar físico, mental e social. O Programa Holosófico de Saúde (PHS) acrescenta… e espiritual.

Talvez a virtude que mais dê a sensação de bem-estar físico, mental, social e espiritual seja o altruísmo que, segundo Aurélio Buarque de Holanda, é o sentimento de quem põe o interesse alheio acima do seu próprio.

Jesus tinha uma forma especial de recomendar o altruísmo: “Amai-vos uns aos outros”.

Quando nos detemos a refletir sobre as grandes conquistas – meios de combate às doenças, previsão do tempo, conquista espacial…– e inventos – o asfalto, o automóvel, o avião, o submarino, o telefone, a televisão, a internet, a robótica,  a anestesia, o medicamento, o transplante de órgãos… – do homem ao longo da História, concluímos ser essa criatura portadora de uma inteligência bem diferenciada, um semi-deus.

Por outro lado, surge um misto de dúvida com perplexidade quanto a esta inteligência bem diferenciada, quando analisamos o contexto das relações humanas, pois aí parece que não houve nenhum progresso.

Atualmente, contabilizamos, no mundo inteiro, um número expressivo de famílias desagregadas, e, a razão desta desagregação reside na incompetência das pessoas em conciliarem as diferenças individuais e administrarem uma convivência harmônica.

No ambiente de trabalho, assistimos à cultura de apologia à competição, ao egoísmo. Vemos este campo de aplicabilidade prática da inteligência bem diferenciada, campo da sobrevivência humana, se transformando num abominável campo de batalha, onde, em alguns momentos, guerras, no sentido literal da palavra, são travadas e, quase sempre de modo perverso e covarde.

Pela facilidade com que os meios de comunicação veiculam as notícias, parece que as guerras, sejam as guerras urbanas ou as guerras entre as nações, vêm ocupando a maior parte do tempo dos noticiários na TV.

Este clima de guerra também sugere a incompetência do homem em conviver socialmente, respeitando as individualidades ou o pouco interesse por uma vida cordial e humana, pois as múltiplas razões – desejo de lucros, imposição de poder, fanatismo religioso – de tanta violência não justificam as humilhações, os sofrimentos e as mortes causadas a tanta gente, muitas das quais inocentes. Isto, sem falar no prejuízo cultural e econômico causado aos povos, uma vez que obras-de-arte antigas e construções milenares, prédios, estradas e pontes são igualmente atingidas.

Há de se concluir que meia dúzia de pessoas vive alimentando a idéia de estar lucrando  com esta realidade violenta, talvez os fabricantes das armas e arsenal bélico em geral, incluindo aí os veículos da água, da terra e do mar.

A essas pessoas falta-lhes o altruísmo, falta-lhes a competência de viver humanamente, portanto, falta-lhes a saúde.