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SAÚDE VI: BIBLIOTECA COMUNITÁRIA
PROFª JAMILE LOURDES ELIAS
Publicado em 24.06.06
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Saúde como, além da ausência de doença, a sensação de bem-estar físico, mental e social. A Holosofia acrescenta… e espiritual.
Quando paramos e refletimos sobre a abrangência desta singela palavra – “saúde” – temos a sensação de que ela encerra em si mesma o verdadeiro sentido da vida, da vida feliz.
A vida feliz implica na utilização do potencial individual de sabedoria e inteligência, onde a consciência existencial se acompanha do desenvolvimento intelectual para que o bem seja uma constante na realidade universal.
A sabedoria proporciona a consciência existencial através da meditação – exercício praticado por Jesus durante quarenta dias antes promulgar o Sermão da Montanha –, a inteligência permite a aquisição de conhecimentos pelo estudo e leitura.
A leitura proporciona abertura de portas ao mundo das idéias, facultando momentos de pensar e de grandes transformações. Por isso, deve se tornar um hábito.
O hábito é adquirido pela repetição do ato. O bom hábito da leitura é desenvolvido pela prática regular da busca de prazer pelas informações contidas nos livros, revistas e jornais.
A leitura prazerosa é construtiva, e se constitui numa terapia, portanto, numa fonte de saúde.
Com esta visão, a Prefeitura Municipal de Cajuru, através da Secretaria de Saúde resolveu implantar, pelo Programa de Saúde da Família (PSF), bibliotecas comunitárias nos diferentes bairros da cidade.
Esta decisão reflete a lucidez e inteligência de quem tem a responsabilidade de construir um mundo melhor de se viver. E este estado de iluminação se confirma na inclusão de veneráveis educadores da própria sociedade.
Assim, a primeira biblioteca comunitária a ser inaugurada no próximo dia 04 de julho, no bairro da Cruz alta – Rua Dr. Matta, 1596 –, levará, com justiça e merecimento, o nome da competente, bondosa e exemplar professora Jamile Lourdes Elias, a tia Doca.
A professora Jamile está eternizada na memória, no caráter e no comportamento dos milhares de ex-alunos que lhe elegeram como modelo a ser seguido.
A tia Doca, é a representação material da fonte amor que permite a troca com plena fluidez entre aqueles que gravitam em seu redor.
O “nascimento” dessa modesta biblioteca, pela sua simplicidade, lembra as condições humildes em que Jesus nasceu. Pessoas grandes estão ligadas a pequenas realidades.
Saudável e feliz é a sociedade que tem a coragem de reconhecer seus reais valores, ainda em vida.
Declaração de amor.
Eu, pessoalmente, resolvi me dar ao luxo de ousar com profunda ousadia. Eu decidi, mesmo sem maior proximidade física, sentir-me íntimo deste ser humano especial que, pela sensação primeira, me fez escolher uma palavra que parece exprimir a sua beleza interior: mimo.
Tia doca, você é meu mimo!
Sebastião Saraiva
Médico e Holósofo