HOLOCOLUNA – 0008

  1. SAÚDE V. Violência Ambiental

Publicado em 17.06.06

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Saúde como, além da ausência de doença, a sensação de bem-estar físico, mental e social. A Holosofia acrescenta… e espiritual.

A pessoa saudável faz do seu interior um ambiente de serenidade, faz do seu lar um ambiente de paz, faz da sua cidade um ambiente aprazível.

Logo, a violência ambiental reflete o comprometimento da saúde das pessoas. Elas, por estarem doentes, tanto se violentam como agridem o meio ambiente.

A patologia “ambição mórbida”, a qual induz o homem ao acúmulo de riquezas materiais em detrimento das doenças e mortes causadas aos três reinos da natureza – animal, vegetal e mineral – pode ser considerada como a responsável pelo efeito estufa.

Este fenômeno recebe tal denominação por oferecer ao planeta terra condições de aquecimento semelhantes ao de uma estufa.

O excesso de combustão que se verificam, principalmente, nos parques industriais dos maiores paises do mundo – Estados Unidos, China, Japão, Canadá e outros – assim como na queima dos combustíveis de automotores contribuem enormemente para a formação de uma inimaginável e gigantesca camada de gases, com predominância do ozônio, a qual se interpõe entre a terra e o sol, prejudicando as interações interplanetárias indispensáveis à manutenção da vida saudável como um todo.

O aquecimento do planeta terra vem sendo acompanhado por cientistas do mundo inteiro, e já se constata um processo acelerado de degelo nos pólos por conta disso.

As experiências com substâncias explosivas praticadas em alto mar de paises sintonizados com as guerras são fontes de graves agressões ambientais, no contexto águas e peixes; os vazamentos de componentes radioativos têm provocado inaceitáveis prejuízos ambientais, no contexto terra, homem, animais e plantas.

Os principais rios brasileiros estão pedindo socorro há décadas! O “Velho Chico”, como é chamado na intimidade o Rio São Francisco, além de agonizante pelo descaso secular, agora está amargando a dor pelo desvio do seu leito natural. O Rio Tietê é um paciente cianótico que tem se mantido na UTI, “respirando” por aparelhos de dragagem em atividade nas 24 horas do dia, nos últimos anos.

O adequado destino dado às baterias e aos pneus pós-utilizados vem se constituindo num desafio para os fabricantes, quando pressionados pela sociedade consumidora.

Os recipientes, as embalagens e os lixos industriais, hospitalares e domiciliares vêm gerando uma ameaça à saúde pública na maioria das cidades brasileiras, quase sempre com a aquiescência inconsciente de uma população pouco ou quase nada sensível ao problema.

Ao concluir esta breve reflexão, o leitor pode facilmente concluir que a falta saúde – ausência de bem-estar físico, mental, social ou espiritual – leva, irremediavelmente, à violência ambiental, por ação de uns e omissão de outros.

O Programa Holosófico de Saúde (PHS) trabalha com a possibilidade de promover estratégias que venham favorecer a expansão da consciência e, a partir de então, seja facultado ao homem o equilíbrio entre o ter e o ser.

Equação quase utópica, mas possível, pelo amor ou pela dor!

Este é o momento ideal para resgatarmos a nossa saúde e nos unirmos, pelo amor, em defesa do ambiente cajuruense e de suas belas nascentes.

Sebastião Saraiva
Médico e Holósofo