HOLOSOFIA
Atualizada em
05/02/2023
Sumário
1.
Gênesis da Holosofia/
1.1 Insight/
1.2 Conceito/
1.3 Princípios/
2.
Organograma
2.1
Prática Literária
2.1.1 Programa Holosófico
Cultural (PHC)
2.1.1.1 Poesias
2.1.1.2 Técnicas
2.1.1.3 Médica
2.1.1.4 Popular
2.1.1.5 Cordel
2.1.1.6 Jornal
2.1.1.7 Holocoluna
2.2
Prática Técnica
2.2.1 Programa Holosófico
de Saúde (PHS)
2.2.1.1 Programa de
Valorização do Servidor (PVS)
2.2.1.2 Programa de
Valorização do Servido (PVSD)
2.3 Prática Administrativa
2.3.1 Programa Holosófico
Administrativo (PHA)
2.3.1.1 Análise
organizacional da instituição
2.3.1.1.1 Governamental
2.3.1.1.2 Privada
3.
Trabalho de campo
3.1 Prefeito Inovador
HOLOSOFIA
Introdução
A Holosofia é o caminho através do
qual o homem pode se permitir abandonar a sua caverna interior e se lançar ao
Universo, conhecendo a si, percebendo o outro e o mundo e se fazendo acompanhar
pelo Creador, na certeza de uma viagem existencial conscientemente humanizada,
amorosa e feliz.
O homem faz parte de um projeto
universal enigmático, elaborado, executado e mantido por um Poder Supra-humano.
E o reconhecimento dessa realidade só é possível pela capacidade cognitiva
diferenciada com a qual esse homem foi dotado, o que soa como um propósito, o
de eleger uma espécime da creação capaz de contemplar o seu próprio Creador.
A ciência e a tecnologia atuais
vêm testemunhar a evolução da inteligência humana através dos tempos, e tal
evolução vem aguçando a curiosidade do homem em desvendar os múltiplos
fenômenos existenciais, incluindo o princípio da vida e a origem de tudo.
Esse homem parece se comportar
como uma criança que, ao receber um brinquedo, ao invés de brincar, passa a se
ocupar em descobrir como e quem o fabricou. Então, ao despertar dessa ocupação,
o tempo já o transformou em um adolescente. Agora, como ele transcendeu a
infância sem brincar, ao ingressar no mundo dos adultos, levará consigo essa
carência. E, inconscientemente, para sublimar essa carência, desenvolverá o
apego exacerbado ao material e/ou ao poder, chegando a se valer até mesmo de
meios ilícitos.
Mesmo reconhecendo a natureza do
espírito humano como criativo e investigativo, portanto, características
pertinentes à dinâmica do processo da sua própria evolução, essa carência,
metaforicamente, parece exercer uma influência de desequilíbrio entre o ser e o
ter. E a constatação dessa afirmativa pode estar representada, simbolicamente,
em um único fato: o desejo de conquistar o Espaço antes da conquista plena da
Terra.
A conquista plena da Terra implica
na expansão da consciência e na consequente reconsideração do comportamento
humano, até então. Tal expansão deve contemplar aspectos maiores, como a observância efetiva
da importância vital do ar e da água, dentro do contexto da sobrevivência e
preservação da saúde humana e do crescimento econômico; a redução da
desigualdade socioeconômica, no campo do desenvolvimento humano, o qual vem
revelando o contraste entre pessoas em condições subumanas e outras vivendo ao
sabor da ostentação excessiva; a análise crítica do contraditório da razão,
ratificado no elevado investimento em investigações científicas para salvar
vidas e curar doenças (medicina), de um lado, e do outro, o superinvestimento
em arsenais para tirar vidas de pessoas inocentes, saudáveis e produtivas,
através de guerras; e a adoção da ética existencial pessoal, grupal e social,
extinguindo a hegemonia da corrupção sobre a dignidade humana.
Essa complexa, incompreensível e
inaceitável realidade mundial atual não condiz com o momento histórico de uma
sociedade globalizada pelo milagre da tecnologia moderna, respaldado pela
validade da diplomacia e da dialética.
As guerras deveriam ser
acontecimentos do passado, mas, infelizmente, no dia 24 de fevereiro de 2022
eclodiu um conflito armado entre os países da Rússia e Ucrânia, que perdura até
hoje, 06 de fevereiro de 2023, sem data para terminar, e com ameaça do uso de
bombas nucleares.
Também, as redes sociais divulgam
diariamente a inconcebível ideia (ideologia) de unificação compulsória das
nações, através de estratégias contrárias aos princípios de humanidade e
liberdade da pessoa humana, englobando a implantação de regime político imposto
por uma minoria dominante, causando convulsões sociais, sofrimentos e mortes.
Caso essa unificação das nações
viesse acontecer mediante um plebiscito internacional, após o consenso de cada
sociedade, como resultado de um amplo debate, portanto, respeitando o direito
dos países e das pessoas, individualmente, ela estaria plenamente validada.
Assim, os arsenais de guerra perderiam o sentido, a vida seria reconhecida como
uma dádiva do Creador e o mundo transformar-se-ia no paraíso desejado.
Infelizmente, no atual momento
histórico, cada membro das sociedades de todas as nações do Planeta deve estar
alerta para o insano e egoísta movimento de domínio político-social em marcha,
denominado Nova Ordem Mundial, o qual visa à drástica redução da população
mundial utilizando a guerra biológica, a exemplo da pandemia da Covid-19, pelo
coronavirus (inofensivo), corrompido em laboratório, causando mais de seis
milhões de mortes no mundo.
A Holosofia almeja a excelência de
uma vida terrestre verdadeiramente conquistada por seres humanos conscientes,
portanto, convictos de que a existência individual do homem é um dos mais
nobres e breves fenômenos universais, necessitando, pois, de sabedoria,
sensibilidade, empatia, solidariedade, altruísmo e amor.
Nesse particular, a Holosofia atua
em três modalidades – individual, grupal e social –, tendo sempre a meditação
como a “locomotiva” do processo. As modalidades individual e grupal têm
programação singularizada; a modalidade social tem uma logística complexa e se
destina a empresas privadas e ao Setor Público, destacando-se o município. E,
para tanto, conta com três Programas: Programa Holosófico Cultural (PHC); Programa Holosófico de Saúde (PHS); e Programa Holosófico
Administrativo (PHA).
Por último, uma reflexão: os 100
anos de uma vida humana produtiva (para pouquíssimas pessoas), quando
comparados com os 13 bilhões de anos do começo de tudo ou com os 4 bilhões de
anos do planeta Terra ou com os 2 milhões de anos dos seus ancestrais
Australopitecos, significam apenas um lampejo de vida e uma centelha de tempo.
E isso parece, por si só e de forma enfática, desaconselhar a ganância e
sugerir a inspiração a uma postura de vida ético-existencial plena.
Que o tempo empregado na leitura
dirigida do conteúdo aqui grafado venha se reverter em ganho significativo para
o florescer de uma vida renovada na meditação e na reflexão.
O autor
1.
Gênesis da Holosofia
1.1 Insight
Ásia Meridional, Índia, no estado de
Maharashtra, na cidade Poona, na Osho Multiversity, no dia 11 de março de 1994
(6ª feira), em torno das seis horas da manhã, ao término da meditação – Dynamic Meditation[1]
–, saindo do Buddha Hall[2] e adentrando a uma praça
rodeada de bambus e povoada por pequenos pássaros, o recém-egresso de uma
experiência renovadora, escolhe sentar em um dos bancos ali distribuídos e, de
forma introspectiva, permanecer de olhos fechados, a meditar.
Esse sentar-se com os olhos
fechados, a meditar, faculta a percepção consciente de uma onda bioenergética a
se propagar suave e progressivamente pelo corpo, produzindo a sublime sensação
de paz interior e de plena conexão com o Universo. E isso não é místico, é
ciência, por evidência.
É nesse clima quase sobrenatural,
com harmonia biopsicoespiritual que, de forma intuitiva, brota o insght[3]:
A História da Humanidade registra movimentos de
guerra em todos os momentos evolutivos das sociedades no mundo inteiro. Se tem
sido possível formar batalhões destrutivos, baseados no egoísmo e no ódio,
talvez seja também, e mais razoável e humano, compor legiões construtivas,
respaldadas no altruísmo e no amor.
Logo,
o insight torna-se uma ideia e, como tal, pede um nome. Então, o prefixo grego holos, inteiro, pleno, completo é
associado à palavra sophia, sabedoria,
formando o vocábulo Holosofia.
1.2
Conceito
A
compreensão sobre algo é facilitada a partir do conhecimento do seu conceito ou
definição.
Holosofia[4]
é a ciência/arte cujos princípios proporcionam uma vida ético-existencial
plena, mediante a expansão da consciência pela meditação.
1.3 Princípios
Princípios são regras de conduta a
serem internalizadas e adotadas por alguém, a partir de profundas reflexões
diante de si, da vida e do Universo, tendo como base os valores adquiridos nos
ambientes familiar, social e profissional.
A
meditação é o campo fértil onde as reflexões florescem e os comportamentos se
renovam. Meditar é um exercício de esvaziamento da mente, rumo à conexão do
meditador com o Todo.
Larousse (2009)[5] diz: princípio é início;
começo; origem; causa; momento inicial; conceito fundamental de uma doutrina ou
lei; lei física de caráter geral que um conjunto de fenômenos verificados pela
exatidão de suas consequências; norma de conduta regra, lei, preceito.
Inicialmente, ao se refletir sobre a
creação do Universo – trilhões de mundos pelo cosmos; 100 a 200 bilhões de
planetas só na Via Láctea; mais de cinco mil exoplanetas apenas na nossa
galáxia; a variedade de seres vivos (de uma ameba a uma baleia); os coloridos
das flores, dos peixes e da pele do próprio homem; a existência das frutas,
para alimentar os animais e o homem; a terra, aparentemente sem vida,
realizando o milagre da reprodução vegetal, assegurando a cadeia alimentar e a
sobrevivência de todos; o oxigênio, apesar de invisível aos olhos e
indispensável à vida; a força da gravidade, garantindo a permanência de tudo na
superfície terrestre; a disciplina matemática, a harmonia e a manutenção dos
planetas em órbita, que Isaac Newton atribui ao que denominou de lei da
gravitação universal (se dois corpos possuem massa, ambos
estão submetidos a uma força de atração mútua
proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da
distância que separa seus centros de gravidade); as funções específicas
de cada órgão, que se complementam na manutenção da homeostase corporal e da
vida do homem e demais animais; e tantas outras milhares de maravilhas –,
conclui-se por um Poder Infinito do Creador, um Poder Supra-humano, podendo ser
chamado Deus ou Existência ou Natureza ou Tao, etc., a depender da sociedade. E
isso é essencialmente ciência, por experiência e evidência, mas, também,
religião, enquanto religação do homem-creação com o Creador.
Aliás, a palavra “creador” é uma
pérola oferecida por Rohden:
A
substituição da tradicional palavra latina crear
pelo neologismo moderno criar é
aceitável em nível de cultura primária, porque favorece a alfabetização e
dispensa esforço mental – mas não é aceitável em nível de cultura superior,
porque deturpa o pensamento. Crear é
a manifestação da Essência em forma de existência – criar é a transição de uma existência para outra existência. O
Poder Infinito é o creador do Universo – um fazendeiro é um criador de gado.
(ROHDEN, 1995, p.5)[6]
Princípio 1.3.1 Ter Deus como a gênese do todo,
colocando-O presente em todos os pensamentos, palavras e ações.
1.3.2 Considerar-se (o homem) uma sagrada
distinção do Supremo e viver a vida em eterna gratidão.
O tempo decorrido entre o Big Bang até o presente momento, conforme
dados fornecidos pela radiação cósmica de fundo em micro-ondas e as
interpretações de observações astronômicas em 2014, indicam que a idade do
Universo é de 13,82 bilhões de anos[7].
Patterson (em colaboração com George
Tilton), desenvolveu um método de datação urânio-chumbo e, empregando chumbo
isótopo do meteorito de Canyon Diablo, calculou a idade do planeta Terra em
4,55 bilhões de anos.[8]
O termo “humano“ no
contexto da evolução humana, refere-se ao gênero Homo,
incluindo hominídeos, como os australopitecos.
O gênero homo se afastou dos Australopitecos
há cerca de 2,4 milhões de anos, na África, e se ramificou de seu ancestral
comum com os chimpanzés. Uma evolução sequencial sugere: Australopitecos; Homo erectus
(Ásia); Homo neanderthalensis
(Europa); e o Homo sapiens arcaico.
Este, evoluiu entre 400.000 e 250.000 anos atrás[9].
Dessa forma, a ciência quer mostrar
as mudanças energéticas ocorridas ao longo de mais de 13 bilhões de anos,
incluindo a evolução do ser humano (mais de 2 milhões de anos) e sublinhando a
unicidade da sua origem, portanto, confirmando o laço fraternal (“fraterno”, do
latim fraternus; “fraternal”, de frater, “irmão”, derivado do Indo-Eropeu
bhrater, “irmão”) entre os homens. E
isso deve ser compreendido e vivido.
1.3.3. Ver e viver o outro com o amor do irmão
original
1.3.4 Reconhecer que o curto espaço de tempo
permitido a cada pessoa, como hóspede desse Planeta, desaconselha a ganância e
o apego.
A
vida é um conglomerado de partículas bioenergéticas com funções harmônicas e
complementares (seres unicelulares, como bactérias), correlacionadas direta
(seres pluricelulares, como o homem) e indiretamente entre si (o Cosmo).
Em relação à vida humana,
constata-se que, inicialmente, duas vidas celulares (o espermatozoide e o
óvulo) experimentam a metamorfose; ambos perdem as suas características
individuais e “morrem”, mediante o processo de fusão, e logo “ressuscitam” na
formação de uma nova estrutura viva, o ovo. Este, multiplica e diferencia as
suas células, para construir a placenta, o cordão umbilical e o embrião que, ao
final da 8ª semana pós-fecundação, chamar-se-á feto. Esse ser humano, de vida
aquática, no ambiente intrauterino, passará pela segunda experiência de
conversão do seu modo de vida (segunda “morte”), para renascer no mundo
terrestre, a modalidade última de vida, até à sua terceira “morte”
energético-material, em direção à sua vida energético-espiritual.
A ciência biológica explica parte
desse fenômeno enigmático, facultando a compreensão da existência humana,
através de dois processos:
a) A espermatogênese, que é a sequência de
eventos pela qual as células germinativas primitivas (espermatogônias),
latentes nos tubos seminíferos do testículo desde o período fetal,
transformam-se em espermatozoides; e esse processo de maturação começa na
puberdade e vai até a velhice;
b) A ovogênese, uma sequência de eventos
através da qual as células germinativas primitivas (ovogônias) transformam-se
em óvulos maduros; processo esse que se inicia antes do nascimento e se
completa na puberdade. Há cerca de dois milhões de ovócitos primários nos
ovários de uma bebê recém-nascida; eles regridem na infância e chegam a 40 mil
na puberdade; e destes apenas 400 tornam-se ovócitos secundários, que serão
expelidos na ovulação, no período reprodutivo. (MOORE & PERSAUD, 1994).
E mais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera que
em cada ejaculação o homem venha a oferecer à mulher entre 1,5 a 5 ml de sêmen,
e que em cada ml desse sêmen tenha até 300 milhões de espermatozoides,
totalizando 1,5 bilhão de espermatozoides em um único ato sexual, o equivalente
a sete vezes e meia a população atual do Brasil, que é de 200 milhões de
pessoas. Porém, naturalmente, apenas um espermatozoide dessa
multidão será escolhido para fecundar o óvulo, tornando-se o futuro ser humano
(a pessoa que você é hoje). Então, há de se indagar: Quem escolhe esse
espermatozoide a ser fecundado e quais os critérios utilizados para essa
escolha?
A
ciência costuma responder que a escolha é feita pelo “acaso” (apelido de Deus,
possível pela relutância de alguns).
Princípio 1.3.5 As escolhas essenciais da Existência pertencem
ao Creador.
Princípio 1.3.6 O sentido da vida está no compartilhar
espontâneo e amoroso.
O
homem mostra-se a si próprio e ao mundo através da sua personalidade, que é o
seu padrão individual pessoal e social expressivo de seus pensamentos (pensar),
sentimentos (sentir) e comportamentos (agir). E essa personalidade é
considerada pela ciência psicológica (grego: psiquê, “alma”, e logia,
“estudo de”), como produto resultante de processos mentais.
Em
resposta à pergunta se o homem é, essencialmente, bom ou mau não há um consenso
entre psicólogos, filósofos e teólogos.
Diante
de comportamentos positivos – humildade, serenidade, cordialidade,
fraternidade, empatia, compaixão, caridade, austeridade, amorosidade –
defende-se a ideia de que o ser humano é essencialmente bom. Porém, quando
constatados comportamentos negativos – arrogância, exaltação, antipatia,
hostilidade, agressividade, crueldade, perversidade, egoísmo, ódio – afirma-se
que, na essência, o ser humano é mau.
Rousseau[10] defende que o homem nasce
bom e a sociedade o corrompe; o homem, enquanto ser humano, se desqualifica ao
abrir mão da sua liberdade, a condutora à sua realização espiritual. E a
solução se dá pelo autoconhecimento, através do campo emotivo da humanidade.
Agostinho[11]
concorda, dizendo que, em sendo o homem a imagem e semelhança de Deus, ele é
essencialmente bom e capaz de amar; e ele atribui ao amor concupiscente a causa
das guerras e revoltas da humanidade. Enquanto isso, Hobbes[12] discorda de ambos,
afirmando que o homem é, desde o início, mau, perverso e egoísta, sendo o seu
estado de natureza a guerra, disputas e conflitos, e a vida uma guerra em
potencial de todos contra todos (“o homem é o lobo do homem”).
Considerando-se
a existência e a vida individual em si um enigma, as teorias parecem
interessantes e uteis como material de reflexão. Na verdade, apesar dos
inúmeros fatores capazes de influenciar o comportamento humano, a consciência,
com a sua centelha espiritual, parece despontar como a fonte inspiradora ao
devir.
Princípio 1.3.7 Viver conscientemente, com a liberdade da
escolha responsável do vir a ser.
A
harmonia presente entre os membros da “família” cosmológica confirma a
possibilidade de uma existência paritária dos seres vivos entre si e com o meio
ambiente, realçando a turbulência social como algo evitável.
Independentemente
do reino – vegetal, mineral ou animal – a que pertença, há forte sinalização
para uma existência pautada na proximidade, no agrupamento, em comunidade ou polis (cidade), em família.
Pesquisas
de exploração mineral concentram-se em determinado território, objetivando
encontrar o produto – barro, areia, pedra, ferro, cobre, prata, ouro, diamante,
ródio, nióbio, petróleo – em pauta, parecendo caracterizar a Natureza como
“familiar”.
Nos
diferentes continentes do planeta Terra há predomínio de vegetações diversas,
ocorrendo em lugares específicos até mesmo dentro de um determinado país, como
é o caso da existência de frutas e de flores regionais. Essa evidência, parece
sugerir uma vida vegetal, também, no modelo “familiar”.
A
zoologia é incansável em identificar e descrever formas de vida em sociedade ou
em grupos – formigas, abelhas, lobos, gorilas. Assim, mais uma vez, a Natureza
insiste em ensinar que a vida vivida pela proximidade ou em sociedade ou em
família é útil e necessária para a realização individual e global desses seres.
Em
se tratando do ser humano, a Antropologia, a Biologia, a Filosofia, a
Sociologia, a Teologia e a Psicologia, são unânimes em reconhecer o homem como
um animal social, e o que o caracteriza como tal é quando ele fala, gesticula,
necessita de algo ou do outro para sobreviver e realizar seus objetivos.
A
Antropologia, ao estudar as raízes do homem, encontra-o desfrutando uma vida
compartilhada entre membros de grupos naturalmente constituídos.
A
Biologia atesta o homem como animal social ao afirmar que o doente (desarmonia
energético-funcional do organismo), para obter a sua cura, necessita do outro –
médico, enfermeiro, cuidador, medicamentos.
A
Filosofia, na pessoa de Aristóteles,[13] diz que o homem é um ser
sociável por natureza, um politikon zoon,
um animal político; ele não vive fora da polis
(cidade ou comunidade).
A
Sociologia ocupa-se da relação do homem com a sociedade, meio onde ele vive e
se realiza, enquanto ser humano. Durkheim[14]
ensina que as instituições de uma sociedade, incluindo a moralidade, o Direito
e religião, são produtos da história; e que a sociedade é a fonte do sentimento
moral, intelectual que transcende o indivíduo e o extrapola. E mais, afirma
que, em essência, a religião é a fonte de todo conhecimento humano.
A
Teologia é compreendida como o estudo crítico da natureza dos deuses, seres
divinos e de Deus, seus atributos e sua relação com os homens. E esses deuses
decorrem da necessidade existencial do homem, enquanto animal racional e
social, em se manter ligado a seres supra-humanos aos quais é atribuída a
esplendorosa creação, que lhe salta aos olhos. Eis ai a religião. E mais, a
teologia estuda as representações sociais do divino nas diferentes culturas, e,
como disciplina acadêmica, destina-se ao estudo racional do contexto cristão,
cujo termo passou para o inglês no século XIV. Sampaio realça a importância da
religião na sociedade moderna, ao afirmar:
Pensar
na relação igreja e mundo na modernidade e na pós-modernidade é perceber que
essa relação se desenvolve em meio às mudanças próprias de um período em que é
necessário repensar estruturas políticas, econômicas e instituições religiosas
que já não conseguem responder de forma satisfatória a uma sociedade em
transição […] A história da humanidade é marcada pela presença da religião
que, em cada cultura, se constitui das mais variadas formas, e é justamente por
este motivo que não devemos analisar o aspecto religioso nas escolas de forma
preconceituosa, muito menos encarar essa realidade como se estivesse distante
da sociedade moderna, muito pelo contrário, busca-se encontrar o melhor caminho
para a oferta do Ensino Religioso (ER), considerando que, numa sociedade que se
moderniza o tempo todo, em que a transformação se torna necessária para atender
as várias demandas, o ER precisa também fazer parte desse processo, a fim de
responder aos anseios religiosos da sociedade, respeitando seus valores
culturais.
A
Psicologia Social dedica-se à compreensão dos “como” e dos “porquês” do
comportamento do indivíduo nos diferentes ambientes – familiar, profissional e
social – e os fatores que exercem influências sobre tal comportamento. A pessoa
assume determinado comportamento social em conformidade com os seus valores
morais e culturais. E isso significa que enquanto o indivíduo influencia a
sociedade, também é influenciado por ela. Nesse aspecto, a saúde mental e a
adequação da pessoa no meio social e familiar podem ser avaliadas pelo seu
comportamento.
Logo,
conclui-se que, a família se constitui na fonte dos valores internalizados pela
criança/adolescente os quais serão empregados nas suas experiências futuras,
denotando, por conseguinte, o quanto relevante é a família para a sociedade e
para o mundo.
Princípio 1.3.8 A família é, por natureza, a raiz
existencial-social do ser humano.
Princípio 1.3.9 O comportamento é a manifestação objetiva dos
valores internalizados.
O
povo ocidental tem, dentre as suas características culturais, o hábito da
atenção voltada para fora, assim como o imediatismo e a pressa. E isso faculta
a realização rápida de muitos afazeres ao longo do dia, embora produza
considerável nível de cansaço e estresse. A vida moderna vem exigindo cada vez
mais essa postura, tanto dos trabalhadores adultos como das crianças e
adolescentes, estudantes.
O adulto costuma ter horário fixo de trabalho
e, na maioria das vezes, por residir distante do local da empresa, termina
acordando bem mais cedo, para pegar a condução e evitar o atraso; no caso da
sua locomoção ser através de táxi ou carro próprio, a preocupação é fugir do
fluxo intenso do trânsito. Depois de um dia de trabalhado, envolvido nas
tarefas próprias, solucionando problemas de menor e maior complexidade, retorna
para casa, chegando já no começo da noite, quase sempre com pouca disposição.
Não raro, algumas afazeres domésticos estão à sua espera, compreendendo a
supervisão das tarefas escolares dos filhos; a organização dos livros e do
uniforme da escola; o preparo da marmita para levar para o trabalho no dia
seguinte; o cumprimento da orientação médica de ir à academia e fazer uma
atividade física; uma programação na TV; a visita a um familiar que acabou de
ser internado; a verificação das mensagens no WhatsApp; e outros. Assim, o
tempo parece muito pouco diante de tantos compromissos.
A criança ou adolescente estudante começa a sua
maratona com a obrigação de acordar cedo, às vezes, precisando de uma
“mãozinha” para levantar, arrumar a cama, tomar banho, vestir o uniforme, tomar
café, escovar os dentes e rumar para a escola. Depois de retornar da escola,
toma um banho, almoça, escova os dentes e já se organiza para uma aula extra –
Inglês, música, ballet, natação, artes marciais – complementar. Ao retornar,
logo depois do jantar, deve escovar os dentes e fazer os exercícios de casa,
antes de ir para cama, rezar ou orar, em agradecimento a Deus, e dormir. Mesmo com razoável nível de disciplina,
aquela rápida visita aos amigos, pelo WhatsApp, vai se constituir no ponto
final das atividades do dia.
Essa intensa rotina será complementada, aos
fins de semana, com as compras no supermercado, shopping, salão de beleza ou
barbeiro, visitas, aniversários e outras celebrações.
É a enorme quantidade de energia necessária à
realização de uma agenda extenuante que leva a pessoa a não se dar conta de si
e, ao mesmo tempo, se expor a uma condição extrema de estresse, em especial
para quem concentra os trabalhos no modelo home
office. E essa condição extrema de estresse tem nome: síndrome de burnout.
O povo oriental, por questão cultural, tem uma
rotina menos exaustiva e uma compreensão diferenciada da existência. A religião
tem profunda influência na forma de vida adotada pela expressiva maioria das
pessoas, e essa é observada no contexto comportamental, tanto de grupos quanto
de pessoas, individualmente.
Na Índia, por exemplo, as diferentes religiões
e seitas despertam nas pessoas a consciência de que a vida terrena é efêmera. E
elas vivem isso. Os preceitos religião Hindu estratificam a sociedade em
inúmeras castas, e cada uma tem a sua própria filosofia; há aquela que
distingue alguns animais – a vaca, o macaco e o elefante – como sagrados;
outras concebem a terra, o chão, como “estrutura mãe”, fonte produtora dos
alimentos e demais insumos necessários à vida, portanto, sem o atributo de
impureza ou sujeira. E isso passa aos ocidentais a ideia de pouca higiene. Para
essa gente, o Ser é a essência, enquanto o Ter é aparência; a riqueza interior
supera a riqueza externa; e o corpo é menos importante que o espírito. O foco é
o aqui, agora. Assim, a vida diária acontece em ritmo bem menos acelerado, em
relação ao ocidente.
A riqueza espiritual é incomparável e
compartilhável, além de compatível com a riqueza material. A primeira se
diferencia da segunda pelo desapego. E essa evidência se dá pela meditação.
O fluxo de uma energia quântica parece sinalizar
para o reconhecimento da meditação como o ponto de equilíbrio entre os polos
ocidental e oriental, garantindo a saúde e a pacificação entre os homens. Se
isso não for, que deva ser!
A meditação é o exercício da autoconsciência,
estado de espírito sublime, capaz de iluminar o meditador, colocando-o diante
de si e do cosmo e o revestindo com o manto da ética existencial.
Princípio 1.3.10 A meditação permite a expansão da consciência
e a neutralização do barulho externo pelo silêncio interior.
EPÍTOME
1.1 Insight
A História da Humanidade registra movimentos de
guerra em todos os momentos evolutivos das sociedades no mundo inteiro. Se tem
sido possível formar batalhões destrutivos, baseados no egoísmo e no ódio,
talvez seja também, e mais razoável e humano, compor legiões construtivas,
respaldadas no altruísmo e no amor.
1.2 Conceito
Holosofia é a ciência/arte cujos princípios
proporcionam uma vida ético-existencial plena, mediante a expansão da
consciência pela meditação.
1.3 Princípios
1.3.1 Ter Deus como a gênese do todo,
colocando-O presente em todos os pensamentos, palavras e ações.
1.3.2 Considerar-se (o homem) uma sagrada
distinção do Supremo e viver a vida em eterna gratidão.
1.3.3. Ver e viver o outro com o amor do irmão
original
1.3.4 Reconhecer que o curto espaço de tempo permitido
a cada pessoa, como hóspede desse Planeta, desaconselha a ganância e o apego.
1.3.5 As escolhas
essenciais da Existência pertencem ao Creador.
1.3.6 O sentido da vida
está no compartilhar espontâneo e amoroso.
1.3.7 Viver conscientemente,
com a liberdade da escolha responsável do vir a ser.
1.3.8 A família é, por
natureza, a raiz existencial-social do ser humano.
1.3.9 O comportamento é a
manifestação objetiva dos valores internalizados.
1.3.10. A meditação permite a expansão da consciência
e a neutralização do barulho externo pelo silêncio interior.
Referências
1. Moore & Persaud. Embriologia Clínica.
Guanabara Hogan. Rio de Janeiro. 1994, p.14-18
2. Rohden H. Lampejos Evangélicos. Martin
Claret. São Paulo. 1995,p.5
3. SAMPAIO, Fabio Maia. Teologia e sociedade: o papel social da igreja
frente aos desafios educacionais num mundo em transição. http://dspace.est.edu.br:8080/jspui/handle/BR-SlFE/568
4.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Hobbes
5.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles
6.
https://pt.linkedin.com/pulse/arist%C3%B3teles-x-hobbes-o-homem-%C3%A9-bom-ou-mau-luis-molossi
7.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona
8.
https://jus.com.br/artigos/94938/jean-jacques-rousseau-o-homem-nasce-bom-e-a-sociedade-o-corrompe
9.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau
10.
https://administradores.com.br/artigos/o-ser-humano-e-bom-ou-mau-em-sua-essencia
11. SOCIOLOGIA JULHO 5, 2013 13 COMMENTS ÉMILE DURKHEIM
https://super.abril.com.br/coluna/oraculo/quantos-espermatozoides-um-homem-produz-na-vida-toda/
12. https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89mile_Durkheim
[1] Um exercício de meditação
apropriado para o povo ocidental
[2] Um salão “sagrado” destinado a
meditações e eventos socioculturais
[3] Um termo em inglês utilizado na
psicologia para denotar um acontecimento cognitivo e definir o momento em que a
pessoa toma consciência e passa a compreender determinado fenômeno ou fato.
[4] Holosofia – patenteada sob o No
900334487, no dia 22 de dezembro de 2009, pelo INPI.
[5] Novo minidicionário Larousse da
Língua Portuguesa/Larousse do Brasil. 3ª ed. São Paulo. 2009, p. 665.
[6] Huberto Rohden.
Lampejos Evangélicos. Martin Claret. São Paulo. 1995, p.5.
[7]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_do_Universo
[8]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Clair_Patterson
[9]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_da_Terra
[10] Jean-Jacques Rousseau (1712-1778),
filósofo social, teórico político e escritor suíço; suas ideias como, a
soberania reside no povo, influenciaram a Revolução Francesa (1789).
[11] Aurélio Agostinho de Hipona ou
Santo Agostinho (354-430), filho de Santa Mônica, amante de Melânia e pai de Adeodatus;
teólogo e filósofo nascido em Tagaste, atual Souk Ahras, Argélia.
[12] Thomas Hobbes (1588-1679),
matemático, teórico político e filósofo inglês.
[13] Aristóteles, filósofo da Grécia
antiga (384-422 a. C), fundador da escola peripatética e do Liceu, aluno de
Platão e professor de Alexandre, o Grande.
[14] David Émile Durkheim (1858-1917), é
considerado o pai da Sociologia.