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COMPROMETIMENTO
Publicado em 07/06/2008
Comprometer, segundo o lexicógrafo Aurélio Buarque de Holanda, é obrigar por compromisso.
O compromisso está presente na vida das pessoas, queiram elas ou não, estejam conscientes ou inconscientes.
Logo ao nascer, é imposto ao indivíduo o compromisso de se manter vivo, pela respiração. E isto ele faz involuntário e inconscientemente. A partir de então, novos compromissos vão aparecendo, indefinidamente.
Nos primeiros anos, por razões óbvias, a maioria dos compromissos infantis é partilhada com os pais, os quais assumem a sublime função de construtores dos filhos.
Construir os filhos de hoje é edificar os homens de amanhã. E nesse processo inclui-se a arte de ensiná-los a identificar e assumir os compromissos, de forma consciente e responsável.
Naturalmente, os valores cultivados no ambiente familiar precisam ser reforçados pela escola, através dos professores, uma vez que a instituição educacional exerce uma influência expressiva na formação do senso crítico do discente. Daí a necessidade de se ressaltar, insistentemente, a importância da interação do binômio escola/pais.
O real comprometimento dos pais com o papel da maternidade/paternidade aliado ao comprometimento da escola com a educação resultará no comprometimento do educando com ambos, estabelecendo-se, portanto, um clima de pleno comprometimento.
O jovem habituado a encarar o estado de comprometimento como algo inerente à própria existência, desenvolve a habilidade de responder aos seus compromissos com dedicação e zelo, passando a merecer o respeito e a admiração de todos. É esta situação favorável que impulsiona o indivíduo a trilhar com entusiasmo o caminho do bem, consolidando a cada dia a sua boa reputação.
Na idade adulta, aquele que aprendeu o valor do comprometimento estará sempre se manifestando com clareza e determinação, e se constituirá num diferencial dentre aqueles que ignoram ou negligenciam tal aspecto.
A pessoa comprometida é espontaneamente autêntica, se envolve com tudo que realiza e comunica confiabilidade. Tudo parece fluir de modo a desconhecer obstáculos, e o êxito se torna uma constante.
Por outro lado, não raro, encontramos pessoas que, pela falta da prática do exercício do comprometimento, desenvolvem suas atividades de modo superficial, sem se comprometer com as tarefas nem com os companheiros de caminhadas, por isso, passam a vida a se lamentar e a cumular experiências de fracasso. Esses fracassados causam desconfiança e são nada confiáveis.
Eis porque o apreço da Holosofia pela base de valores e princípios oriundos do trabalho conjunto da família e a da escola como fator de sucesso e promoção humana.
Sebastião Saraiva
Médico e Holósofo
