Holocoluna – 0064

  1. A FAMÍLIA

Publicado em 13/10/2007

 

                                            * Partes de parágrafos “engolidas” no texto do jornal. 13.1.07

A mais genuína aspiração da pessoa saudável, num determinado período da sua vida, é constituir sua própria família, a família nuclear.

A família compreende o casal ou o casal e sua prole.

Buscando uma referência na Biologia, poderíamos dizer que a família formada pelo casal, seria uma família “bicelular”, enquanto aquela composta pelo casal e seus filhos considerar-se-ia uma família “pluricelular”.

A formação do casal se dá pela união de duas pessoas saudáveis e de sexos opostos, com o propósito de compartilharem a vida, optando por uma experiência a dois ou a mais pessoas, ou seja, sem filhos ou com filhos.

Convém salientar que a ênfase dada à “pessoa saudável” quer significar que o indivíduo não saudável, dependendo do grau de comprometimento da sua saúde, não desfruta da condição favorável a um projeto de vida futura, quase sempre por comprometimento de suas faculdades mentais.

Por outro lado, há pessoas saudáveis que, mediante sua liberdade de escolha, resolve viver de forma adversa, seja por preceitos religiosos ou por opção sexual.

Assim, parece óbvio que o presente artigo não tem outra pretensão senão a de abordar a família enquanto célula social, unidade social.

A saúde de uma sociedade resulta da soma das saúdes familiares que, por sua vez, refletem a saúde individual dos membros das famílias.

Portanto, em sendo a saúde o maior patrimônio da humanidade, é fácil concluir pelo tamanho e complexidade do desafio ao qual o homem moderno está exposto.

A postura egoística de segmentos sociais detentores do Poder, no mundo inteiro, vem promovendo a desestabilização do Planeta, através da produção de substancias capazes de influenciar negativamente o ritmo natural do Cosmos.

Certamente, tais segmentos sociais já contabilizam inúmeras famílias pouco saudáveis e, se houver um aprofundamento na pesquisa, haverá de se encontrar indivíduos dignos de urgentes internações psiquiátricas. Esta afirmativa poderá soar como exagero ou força de expressão, mas uma análise competente dos fatos diários sinaliza para uma conclusão verdadeira, infelizmente. Esta verdade pode ser o caos, o fim dos tempos.

O tempo urge, por isso, há de se tomar medidas imediatas e eficazes. Dentre estas, destacam-se dois exercícios, o da meditação e o da reflexão. Com o primeiro se obtém consciência existencial, e com o segundo, se desenvolve o pensamento crítico. Ambos indispensáveis na construção da família. Construção da família saudável.

Por conclusão, a saúde orgânica está a cargo dos médicos, a comportamental encontra nos psicólogos um grande suporte, mas a saúde existencial/espiritual é conquistada com esforço próprio, exigindo renúncia, humildade, determinação, generosidade, paciência e amor ao próximo. Plante estas sementes em você, e elas germinarão no seio da sua família.

Viva a família!

Sebastião Saraiva

Médico e Holósofo