Holocoluna – 0063

  1. OS FILHOS

Publicado em 06/10/2007

 

Os filhos vêm confirmar a capacidade dos pais de perpetuar a espécie, através do amor.

O amor que aproxima o casal, o amor que leva à gravidez, o amor que recebe o bebê e o amor que educa o filho. Sempre com amor!

O período pré-gestacional é, naturalmente, preenchido por planos e expectativas em torno da realização do casal como pai-e-mãe.

A feliz notícia contida nas tradicionais palavras “vocês vão ser pais” inaugura uma página especial na vida do casal. O amor sentimento, agora materializado no pequeno embrião, culmina com a sublime afirmativa: éramos dois, doravante seremos três. Graças a Deus!

Vemos aí expressa a rainha das virtudes, a gratidão – graças a Deus.

Vemos os pais agradecerem ao Pai por se tornarem pais. Isto, de tão maravilhoso, já nos permite vislumbrar com segurança o ambiente amoroso desse novo ser.

O amor e a gratidão se constituem na “base” onde se apoiarão todas as estruturas necessárias à construção de um ser humano feliz e de sucesso.

Portanto, os filhos que nascem de pais virtuosos serão virtuosos também, e tornar-se-ão motivos de alegria para a família, para a sociedade e para o mundo.

A virtuosidade dos filhos atuais são energias irradiantes e positivas a serem, automaticamente, repassadas a seus futuros filhos. Este processo progressivo de repasse de virtudes pessoais, de geração a geração, será capaz de promover a verdadeira humanização do Planeta, quando então cada cidadão reconhecerá, um no outro, o irmão Universal.

A inobservância da importância da “base” referida resulta na diversidade de caminhos (ou descaminhos) que se abrirão para os filhos – biológicos ou adotivos – nos diferentes momentos da vida. E caminhos, quase sempre, tortuosos.

É o grau de tortuosidade desses caminhos que ditará o comportamento dos filhos diante de si, dos pais, da família, da escola, do patrão e da sociedade.

Daí a necessidade de se compreender a razão pela qual os filhos apresentam comportamentos distintos daqueles que gostaríamos que tivessem ou até mesmo daqueles que lhes recomendamos. Certamente lhes falta a “base” e, com freqüência, o modelo. O modelo a ser seguido.

A falta da “base” ou a existência de uma “base” pouco sólida ou ainda o exemplo negativo clama por medidas que venham remediar a situação, às vezes com resultados positivamente surpreendentes.

Na maioria das vezes essas medidas exigem um trabalho conjunto, envolvendo pessoas – pais, familiares, vizinhos, amigos, professores, chefes, patrões – pertinentes ao mundo dos filhos e até profissionais – psiquiatras e psicólogos – da área comportamental.

Pelo visto, há de se investir na construção da “base”, o que se faz com exercícios de reflexão sobre a vida, a maternidade/paternidade responsável, o respeito ao outro e à autoridade, o valor do diálogo, a importância da escola, o papel do trabalho e o preço da honestidade.

Mas tudo com amor!

Sebastião Saraiva

Médico e Holósofo