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OS FILHOS
Publicado em 06/10/2007
Os filhos vêm confirmar a capacidade dos pais de perpetuar a espécie, através do amor.
O amor que aproxima o casal, o amor que leva à gravidez, o amor que recebe o bebê e o amor que educa o filho. Sempre com amor!
O período pré-gestacional é, naturalmente, preenchido por planos e expectativas em torno da realização do casal como pai-e-mãe.
A feliz notícia contida nas tradicionais palavras “vocês vão ser pais” inaugura uma página especial na vida do casal. O amor sentimento, agora materializado no pequeno embrião, culmina com a sublime afirmativa: éramos dois, doravante seremos três. Graças a Deus!
Vemos aí expressa a rainha das virtudes, a gratidão – graças a Deus.
Vemos os pais agradecerem ao Pai por se tornarem pais. Isto, de tão maravilhoso, já nos permite vislumbrar com segurança o ambiente amoroso desse novo ser.
O amor e a gratidão se constituem na “base” onde se apoiarão todas as estruturas necessárias à construção de um ser humano feliz e de sucesso.
Portanto, os filhos que nascem de pais virtuosos serão virtuosos também, e tornar-se-ão motivos de alegria para a família, para a sociedade e para o mundo.
A virtuosidade dos filhos atuais são energias irradiantes e positivas a serem, automaticamente, repassadas a seus futuros filhos. Este processo progressivo de repasse de virtudes pessoais, de geração a geração, será capaz de promover a verdadeira humanização do Planeta, quando então cada cidadão reconhecerá, um no outro, o irmão Universal.
A inobservância da importância da “base” referida resulta na diversidade de caminhos (ou descaminhos) que se abrirão para os filhos – biológicos ou adotivos – nos diferentes momentos da vida. E caminhos, quase sempre, tortuosos.
É o grau de tortuosidade desses caminhos que ditará o comportamento dos filhos diante de si, dos pais, da família, da escola, do patrão e da sociedade.
Daí a necessidade de se compreender a razão pela qual os filhos apresentam comportamentos distintos daqueles que gostaríamos que tivessem ou até mesmo daqueles que lhes recomendamos. Certamente lhes falta a “base” e, com freqüência, o modelo. O modelo a ser seguido.
A falta da “base” ou a existência de uma “base” pouco sólida ou ainda o exemplo negativo clama por medidas que venham remediar a situação, às vezes com resultados positivamente surpreendentes.
Na maioria das vezes essas medidas exigem um trabalho conjunto, envolvendo pessoas – pais, familiares, vizinhos, amigos, professores, chefes, patrões – pertinentes ao mundo dos filhos e até profissionais – psiquiatras e psicólogos – da área comportamental.
Pelo visto, há de se investir na construção da “base”, o que se faz com exercícios de reflexão sobre a vida, a maternidade/paternidade responsável, o respeito ao outro e à autoridade, o valor do diálogo, a importância da escola, o papel do trabalho e o preço da honestidade.
Mas tudo com amor!
Sebastião Saraiva
Médico e Holósofo