Holocoluna – 0054

  1. O LIVRO

Publicado em 04/08/2007

 

A escrita teve início 3.500 aC, portanto, há 5.500 anos.

As informações, de diferentes teores, eram transmitidas através de escritos chamados papiros. Mais tarde surgiu o papel e, com este, o livro.

Com o livro o mundo ficou mais interessante. A partir de então pessoas com aptidão para transferir as suas idéias, da cabeça para o papel, passaram a escrever livros, informando e influenciando outras pessoas desejosas em conhecer tais idéias.

Assim, a sociedade mundial viria experimentar o maior fenômeno de comunicação, disseminação e troca de conhecimentos entre os povos de todas as nações, destacando-se a sua excelência, a “Alfabetização”.

A “Alfabetização” significa introduzir a pessoa no mundo das letras, proporcionando-lhe a capacidade de decifrar as idéias expressas pelo conjunto de sinais concebidos como alfabeto.

Estes sinais são agrupados dentro de um ordenamento que resulta na formação de palavras.

As palavras alinhadas numa seqüência lógica encerram um pensamento.

O pensamento elaborado por alguém que escreve é compreendido por aquele que lê.

O leitor passa a ter conhecimento do pensamento do escritor.

Logo, o maravilhoso milagre da transferência de conhecimento se estabelece. E, isto, através do livro!

Atualmente, o indivíduo que desconhece o alfabeto deve se sentir extremamente deslocado sob o aspecto da convivência social, pois a sua realidade está com um atraso de cinco milênios e meio quando comparada com os alfabetizados, e mais algumas centenas de anos em relação aos doutores. O que é uma pena!

O analfabeto, privado do conhecimento, permanece mergulhado nas trevas da ignorância, tornando-se medroso e submisso, portanto, uma presa fácil nas garras dos alfabetizados inescrupulosos, oportunistas e exploradores.

Eis aí a razão primeira das grandes misérias – as guerras, a fome, as doenças, a pobreza, o desemprego, a corrupção, a exploração sexual, as violências urbanas, as drogas, etc. – do mundo através dos tempos.

 Naturalmente, a pessoa que lê e estuda adquire uma considerável bagagem de informações, portanto, de conhecimentos, vindo a viver de forma igualitária com os seus contemporâneos. Esta realidade inibe ou impede as distorções sociais entre os detentores de conhecimentos, culminando com uma sociedade menos injusta e anômala.

O livro, pois, é o veículo através do qual são transportados informações e conhecimentos, por isso, merecedor da atenção e ocupação daqueles que almejam um mundo mais digno, fraterno e humano. Um mundo com saúde plena, com saudena.

Com esta compreensão, o PHS, desenvolvendo as suas atividades médico-sociais em Cajuru, inaugurou a segunda Holo-biblioteca Comunitária da cidade, no Bairro Dom Bosco, na Rua José Bernardes da Silva, 363, na noite de 04 de julho de 2007. Foi um sucesso!

Sebastião Saraiva

Médico e Holósofo