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FELICIDADE
Publicado em 09/02/2008
O filho, que se preparava para prestar o exame vestibular e ingressar na Faculdade de Engenharia, deixava a família inteira na expectativa. Os pais já haviam passado por experiência semelhante, portanto, sabiam, quase exatamente, o que significava tal empreitada. O pai era médico e a mãe psicóloga.
Numa situação como esta é dispensável dizer o quanto o casal estimulava o filho a se concentrar nos estudos. Os pais, também, rezavam diariamente pela aprovação do filho.
O filho fez as provas e ficou aguardando o resultado, que sairia em uma semana. Aliás, uma semana que se tornou um século para os três.
Finalmente, saiu o resultado: “aprovado.”
Que felicidade!
O marido desempregado já iria entrar para o quinto mês de exaustiva procura de trabalho e distribuição do currículo. Ele, a esposa e seus quatro filhos menores rezavam muito, até resolveram fazer uma promessa: deixar a TV desligada por trinta dias.
Depois de alguns dias, o telefone tocou e alguém confirmara o novo emprego.
Que felicidade!
A esposa, uma senhora de cinqüenta e oito anos, percebeu um caroço na mama esquerda. Logo, mostrou ao marido. Este partilhou o fato com os dois filhos, ele dentista, e ela enfermeira recém-formada.
Imediatamente providenciaram uma consulta ao especialista, o qual solicitou ultra-sonografia e retirada do material para biópsia. O resultado seria conhecido em três dias.
O pavor pela possibilidade de uma lesão maligna tomou conta da família.
Nas primeiras horas do terceiro dia o telefone toca e o médico informa: o resultado saiu, é apenas um cisto. Parabéns!
Que felicidade!
Depois dos exemplos acima, há de se perguntar: o que é felicidade?
A felicidade é um sentimento indefinível, é algo que acontece no íntimo da pessoa, no espírito do feliz.
Num sentido mais profundo concordamos com Osho, um sábio indiano, que diz: “se a tua felicidade tem uma razão ela é passageira, se não a tem, é eterna.”
A felicidade é uma questão de consciência, é você ter consciência holo-existencial, ou seja, é você reconhecer o sentido e o valor de todo o Universo, inclusive o seu e o do próximo no referido contexto. É a partir dessa consciência que você se dá conta da magnitude da criação Universal e descobre Deus. O seu Deus interior.
Assim, você se tornará uma pessoa capaz de identificar maravilhas nas mínimas coisas da vida, e se sentir feliz por isso.
Em sendo a vida uma dádiva divina, só estar vivo já é motivo de felicidade, se tivermos tal consciência.